quinta-feira, 29 de dezembro de 2011

Desafiando Hades - Mito de Orfeu

Orfeu apaixonou-se por Eurídice e casou-se com ela. Mas Eurídice era tão bonita que, pouco tempo depois do casamento, chamou a atenção de um apicultor chamado Aristeu. Quando ela recusou suas atenções, ele a perseguiu. Tentando escapar, ela tropeçou em uma serpente que a mordeu e a matou. 

Orfeu ficou transtornado de tristeza. Levando sua lira, foi até o Mundo dos Mortos, para tentar trazê-la de volta. A canção pungente e emocionada de sua lira convenceu o barqueiro Caronte a levá-lo vivo pelo rio Estige. A canção da lira adormeceu Cérbero, o cão de três cabeças que vigiava os portões. Seu tom carinhoso aliviou os tormentos dos condenados. Encontrou muitos monstros durante sua jornada, e os encantou com seu canto.
Finalmente Orfeu chegou ao trono de Hades. O rei dos mortos ficou irritado ao ver que um vivo tinha entrado em seu domínio, mas a agonia na música de Orfeu o comoveu, e ele chorou lágrimas de ferro. Sua esposa, a deusa Perséfone, implorou-lhe que atendesse o pedido de Orfeu. Assim, Hades atendeu seu desejo. Eurídice poderia voltar com Orfeu ao mundo dos vivos. Mas com uma única condição: que ele não olhasse para ela até que ela, outra vez, estivesse à luz do sol.
Orfeu partiu pela trilha íngreme que levava para fora do escuro reino da morte, tocando músicas de alegria e celebração enquanto caminhava, para guiar a sombra de Eurídice de volta à vida. Ele não olhou nenhuma vez para trás, até atingir a luz do sol. Mas então se virou, para se certificar de que Eurídice o estava seguindo.
Por um momento ele a viu, perto da saída do túnel escuro, perto da vida outra vez. Mas enquanto ele olhava, ela se tornou de novo um fino fantasma, seu grito final de amor e pena não mais do que um suspiro na brisa que saía do Mundo dos Mortos. Ele a havia perdido para sempre. 

quarta-feira, 28 de dezembro de 2011

A Verdadeira História de Tróia

A guerra de Tróia, um mito que data de milhares de anos,  um dos textos mais fascinantes, complexos e convincentes de todos os tempos, escrito pelo poeta grego Homero, a mais de 3 mil anos, relatando uma extraordinária  guerra entre gregos e troianos que perdurou por mais 10 anos e que terminou com a aniquilação do povo troiano.
Mas, será que essa guerra realmente ocorreu? melhor, será que a cidade de Tróia realmente existiu? Um documentário criado por The History Channel, irá revelar os verdadeiros acontecimentos por traz do mito da "Guerra de Tróia". Veja a Seguir:

Tânato - Personificação da Morte

Na mitologia grega, Tânato (do grego θάνατος , transl. Thánatos, "morte"), também referido como Tânatos, era a personificação da morte, enquanto Hades reinava sobre os mortos no mundo inferior. Tânatos para os romanos era conhecido como: Orco (Orcus em latim) ou ainda Morte (Mors). Era conhecido por ter o coração de ferro e as entranhas de bronze.
Tânato era filho, sem pai, de Nix, a noite, ou, segundo outras versões, filho de Nix e Érebo, a noite eterna do Hades. Era representado como uma nuvem prateada ou um homem de olhos e cabelos prateados. Tânato tem um pequeno papel na mitologia, sendo eclipsado por Hades.

terça-feira, 27 de dezembro de 2011

Perséfone

Na mitologia gregaPerséfone ou Koré. Era filha de Zeus e da deusa Deméter, da agricultura, tendo nascido antes do casamento de seu pai com Hera. Ela é retratada como mulher de Hades e Rainha do mundo dos mortos.
Persefone interferia nas decisões de Hades, sempre intercedendo a favor dos heróis e mortais, e sempre estava disposta a receber e atender os mortais que visitavam o reino dos mortos a procura de ajuda. Apesar disso, os gregos a temiam e salvo exceções, no dia a dia evitavam falar seu nome (Perséfone) chamando-a de Hera infernal.


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Mito de Perséfone

Mito de Perséfone - Rainha do Mundo dos Mortos

Os deuses, Hermes, Ares, Apolo e Hefestos todos cortejaram-na. Deméter rejeitou todos os seus dons e escondeu a filha longe da companhia dos deuses.
Quando os sinais de sua grande beleza e feminilidade começaram a brilhar, em sua adolescência, chamou a atenção do deus Hades que a pediu em casamento. Zeus, sem sequer consultar Deméter, aquiesceu ao pedido de seu irmão. Hades, impaciente, emergiu da terra e raptou-a enquanto ela colhia flores com as ninfas, entre elas Leucipe e Ciana, ou segundo os hinos Homeroicos, a deusa estava também junto de suas irmãs Atena e Artemis. Hades levou-a para seus domínios (o mundo subterrâneo), desposando-a e fazendo dela sua rainha.
Sua mãe, ficando inconsolável, acabou por se descuidar de suas tarefas: as terras tornaram-se estéreis e houve escassez de alimentos, e Perséfone recusou-se a ingerir qualquer alimento e começou a definhar. Ninguém queria lhe contar o que havia acontecido com sua filha, mas Deméter depois de muito procurar finalmente descobriu através de Hécate e Helios que a jovem deusa havia sido levada para o mundo dos mortos, e junto com Hermes, foi buscá-la no reino de Hades (ou segundo outras fontes, Zeus ordenou que Hades devolvesse a sua filha). Como entretanto Perséfone tinha comido algo (uma semente de romã) concluiu-se que não tinha rejeitado inteiramente Hades. Assim, estabeleceu-se um acordo, ela passaria metade do ano junto a seus pais, quando seria Koré, a eterna adolescente, e o restante com Hades, quando se tornaria a sombria Perséfone. Este mito justifica o ciclo anual das colheitas.

segunda-feira, 26 de dezembro de 2011

Serpente Marinha

serpente marinha é um monstro marinho mitológico que é retratado em forma de serpente, presente nas lendas dos homens do mar. Segundo tais estórias, a criatura ataca navios em alto-mar, devorando seus tripulantes. Ela surge em histórias como a Odisséia e textos mais antigos. Também uma serpente marinha é um dos perigos encontrados pelos personagens da obra literária As Crônicas de Nárnia: A Viagem do Peregrino da Alvorada, de CS Lewis. O monstro é descrito como um ser maior que o navio, cabeça de cavalo sem orelha, de cores verde e vermelha e repleta de mariscos agarrados à pele.

sábado, 24 de dezembro de 2011

Sereias

Sereia é um ser mitológico, parte mulher e parte peixe. Filhas do rio Achelous e da musa Terpsícore, tal como as harpias, habitavam os rochedos entre a ilha de Capri e a costa da Itália. Eram tão lindas e cantavam com tanta doçura que atraíam os tripulantes dos navios que passavam por ali para os navios colidirem com os rochedos e afundarem. Odisseu, personagem da Odisséia de Homero, conseguiu salvar-se porque colocou cera nos ouvidos dos seus marinheiros e amarrou-se ao mastro de seu navio, para poder ouvi-las sem poder aproximar-se. As sereias representam na cultura contemporânea o sexo e a sensualidade.

Unicórnio

Unicórnio, também conhecido como licórnio, é um animal mitológico que tem a forma de um cavalo, geralmente branco, com um único chifre em espiral. Sua imagem está associada à pureza e à força. Segundo as narrativas são seres dóceis; porém são as mulheres virgens que têm mais facilidade para tocá-los.
Considerado um equino fabuloso, com um grande chifre na cabeça, o unicórnio entra nos bestiários em associação à virgindade, já que o mito compreende que o único ser capaz de domar um unicórnio é uma donzela pura.

Kraken



(Representação do Kraken no filme "Clash of the Titãs)
O Kraken é visto na mitologia grega como um polvo gigante com membros humanoides com uma armadura impenetravél e que habitava uma caverna submersa. 
Kraken era uma espécie de lula ou polvo gigante que ameaçava os navios, tinha o tamanho de uma ilha e cem braços.

Hidra de Lerna

Hidra de Lerna era um animal fantástico da mitologia grega, filho dos monstros Tifão e Equidna, que habitava um pântano junto ao lago de Lerna, na Argólida, costa leste do Peloponeso. A Hidra tinha corpo de dragão e nove cabeças de serpente (algumas versões falam em sete cabeças e outras em números muito maiores) cujo hálito era venenoso e que podiam se regenerar.
A Hidra era tão venenosa que matava os homens apenas com o seu hálito; se alguém chegasse perto dela enquanto ela estava dormindo, apenas de cheirar o seu rastro a pessoa já morria em terrível tormento.
A Hidra foi derrotada por Héracles (Hércules, na mitologia romana), em 0seu segundo trabalho. Inicialmente Hércules tentou esmagar as cabeças, mas a cada cabeça que esmagava surgiam duas no lugar. Decidiu então mudar de tática e, para que as cabeças não se regenerassem, pediu ao sobrinho Iolau para que as queimasse com um tição logo após o corte, cicatrizando desta forma a ferida. Sobrou então apenas a cabeça do meio, considerada imortal. Héracles cortou e enterrou a última cabeça com uma enorme pedra. Assim, o monstro foi morto.

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Fênix


fênix, fénix ou Phoenix é um pássaro da mitologia grega que, quando morria, entrava em auto-combustão e, passado algum tempo, renascia das próprias cinzas. Outra característica da fénix é sua força que a faz transportar em voo cargas muito pesadas, havendo lendas nas quais chega a carregar elefantes. Podendo se transformar em uma ave de fogo. Muitos antigos, ainda acreditavam que as lagrimas de uma fênix tinham poder curativo. 
Teria penas brilhantes, douradas, e vermelho-arroxeadas, e seria do mesmo tamanho ou maior do que uma águia. Segundo alguns escritores gregos, a fênix vivia exatamente quinhentos anos. No final de cada ciclo de vida, a fênix queimava-se numa pira funerária. A vida longa da fénix e o seu dramático renascimento das próprias cinzas transformaram-na em símbolo da imortalidade e do renascimento espiritual.

Grifo

Grifo é uma criatura lendária com cabeça e asas de águia e corpo de leão. Fazia seu ninho perto de tesouros e punha ovos. Na Grécia acreditava-se que viviam perto dos hiperbóreos e pertenciam a Zeus. Os grifos são inimigos mortais dos basiliscos.
Como diversos animais fantásticos, incluindo centauros, sereias, fênix, entre outros, o Grifo simboliza um signo zodiacal, devido ao senso de justiça apurado, o fato de valorizar as artes e a inteligência, e o fato de dominar os céus e o ar, simboliza o signo de libra, a chamada balança.

sexta-feira, 23 de dezembro de 2011

Pégaso

Pégaso é um cavalo alado símbolo da imortalidade. Sua figura é originária da mitologia grega, presente no mito de Perseu Medusa. Pégaso nasceu do sangue de Medusa quando esta foi decapitada por PerseuMedusa estava grávida de Posseidon naquela época.

Belerofonte matou a poderosa Quimera, montando Pégaso após domá-lo com ajuda de Atena e da rédea de ouro, que em seguida tentou usá-lo para chegar ao Olimpo. Mas Zeus fez com que ele derrubasse seu cavaleiro fazendo uma vespa o picar, e Belerofonte morreu devido à grande altura. Zeus o recompensou transformando-o na constelação de pégasus, de onde deveria dali em diante ficar à serviço do deus dos deuses.

Caronte (Barqueiro de Hades)

(Representação de Caronte no filme "Fúria de Titãs")
Na mitologia grega, Caronte é o barqueiro do Hades, que carrega as almas dos recém-mortos sobre as águas dos rios Estige e Aqueronte, que dividiam o mundo dos vivos do mundo dos mortos. Uma moeda para pagá-lo pelo trajeto era por vezes colocado dentro ou sobre a boca dos cadáveres, de acordo com a tradição funerária da Grécia Antiga. Segundo alguns autores, aqueles que não tinham condições de pagar a quantia, ou aqueles cujos corpos não haviam sido enterrados, tinham de vagar pelas margens por cem anos.

Cérbero


Cérbero era um cão que guardava as portas do Tártaro, não impedindo a entrada e sim a saída. Quando alguém chegava, Cérbero fazia festa, era uma criatura adorável. Mas quando a pessoa queria ir embora, ele a impedia; tornando-se um cão feroz e temido por todos. Os únicos que conseguiram passar por Cérbero saindo vivos do submundo foram Hércules, Orfeu, Enéias e Psiquê.
Cérbero era um cão com várias cabeças, não se têm um número certo, mas na maioria das vezes é descrito como tricéfalo (três cabeças). Sua cauda também não é sempre descrita da mesma forma, às vezes como de dragão, como de cobra ou mesmo de cão. 

segunda-feira, 20 de junho de 2011

Thor (2011) BluRay HD 720p


Informações do Filme:
Título Original: Thor
Gênero: Ação – Aventura
Ano de Lançamento: 2011
 
Informações do Arquivo:
Tamanho: 772 MB
Formato: mp4
Áudio: Português
Legenda: Sem Legenda
Hospedagem: ThePirateFilmes
 

Sinopse: Thor (Chris Hemsworth) estava prestes a receber o comando de Asgard das mãos de seu pai Odin (Anthony Hopkins) quando forças inimigas quebraram um acordo de paz. Disposto a se vingar do ocorrido, o jovem guerreiro desobedece as ordens do rei e quase dá início a uma nova guerra entre os reinos. Enfurecido com a atitude do filho e herdeiro, Odin retira seus poderes e o expulsa para a Terra. Lá, Thor acaba conhecendo a cientista Jane Foster (Natalie Portman) e precisa recuperar seu martelo, enquanto seu irmão Loki (Tom Hiddleston) elabora um plano para assumir o poder. Mas os guerreiros do Deus do Trovão fazem a mesma viagem para buscar o amigo e impedir que isso aconteça. Só que eles não vieram sozinhos e o inimigo está presente para uma batalha que está apenas começando.
 
 

quinta-feira, 27 de janeiro de 2011

Jasão e os Argonautas

Na mitologia grega, Argonautas eram tripulantes da nau Argo que, segundo a lenda grega, foi até à Cólquida(atual Geórgia) em busca do Velo de Ouro.
Ao todo eram cinquenta argonautas. Os que ficaram conhecidos na literatura eram:
 Jasão
Acasto, primo de Jasão
Idmon, o adivinho
Castor e Pólux, os dióscuros
Calais semi-deus do vento
Zetes, irmão de Calais;
Anfião
Etalides
Argos, o Gigante Armador, que foi o construtor do navio e seu piloto;
Ascalafos, filho do deus Ares
Atalanta, mulher que tentou embarcar disfarçada de homem, mas foi descoberta por Jasão;
Autólico, um ladrão filho do deus Hermes
Laertes, pai de Ulisses;
Butes
Équion, filho de Hermes;
Eufemo, filho de Poseidon;
Euríalo;
Héracles ou Hércules
Iolau, sobrinho de Hércules;
Hilas, discícipulo de Hércules;
Poias, amigo de Hércules;
Filoctetes, filho de Poias;
Idas e Linceu, os gêmeos rivais de Castor e Pólux;
Oileu
Meléagro;
Orfeu, o poeta que desceu aos Infernos
Peleu, pai de Aquiles;
Télamon, irmão de Peleu;
Palemon, o reparador, filho de Hefesto capaz de consertar praticamente tudo;
Poriclimeno, filho de Poseidon, que tinha o poder de se metamorfosear em qualquer animal marinho;
Talau
Tífis, timoneiro que acabou morto durante a viagem;
Anceu, timoneiro que revezava enquanto Tífis dormia;
Ergino, timoneiro que revezava com Anceu e que substituíra Tífis, quando este morrera;
Anfiarau, adivinho célebre;
Admeto
Teseu, matou o minotauro.

Uma grande Aventura

Lemnos, Samotrácia e os doliones

Em sua primeira escala, aportaram na ilha de Lemnos, habitada somente por mulheres. É que Afrodite, insultada por estas que lhe negavam culto, castigou-as com um cheiro insuportável de forma que seus maridos partiam em busca das escravas da Trácia. Movidas pelo ódio e pelo despeito, assassinaram seus esposos instalando na ilha uma espécie de república feminina, situação que perdurou até a chegada dos argonautas, que então lhes deram filhos. Na ilha de Samotrácia, segunda escala do grupo se iniciaram nos Mistérios dos Cabiros com o intuito de obter proteção contra naufrágios. A seguir, penetrando no Helesponto, mar onde caiu e morreu a jovem Heles, ancoraram na península da Propôntida, no país dos doliones, povo governado pelo rei Cízico. Foram ali recebidos com festas e honrarias e já se fazia noite quando os argonautas partiram para Mísia. Porém, foram obrigados a retornar devido a uma grande tempestade que se abateu sobre eles. Os doliones não reconheceram os argonautas por causa da escuridão da noite e, pensando tratar-se de invasores, atacaram. Instalou-se uma sangrenta batalha que se estendeu por toda a noite. Com o amanhecer, os vitoriosos tripulantes de Argo verificaram o triste engano. Jazia entre os mortos, o rei Cízico, que foi enterrado por Jasão e seus companheiros com homenagens e magníficos funerais.
Mísia
Foi na Mísia que Héracles interrompeu sua viagem. É que Hilas, seu amigo predileto, tendo sido encarregado de buscar água numa fonte, foi capturado pelas Ninfas que o arrastaram para as profundezas dos rios. Héracles voltava do bosque onde tinha ido buscar madeira para refazer seu remo partido quando tomou conhecimento de seu desaparecimento através de Polifemo, que tinha ouvido seus gritos de socorro. Saíram então os dois em busca do amigo varando a floresta durante a noite. Pela manhã, Argo partiu com menos três tripulantes a bordo, pois os dois também não retornaram: Polifemo fundou posteriormente naquelas terras a cidade de Cio, onde se fez rei e Hércules seguiu seu rumo de aventuras.
Âmico, rei dos bébricios
Estranho hábito tinha o rei Âmico ao receber os visitantes que chegavam por suas terras. O rei dos bébricios, gigante filho de Posídon, os desafiava para a luta e em seguida os matava a socos. Lá chegando, os argonautas foram imediatamente provocados pelo rei que os instigava. Foi Pólux quem representou seus companheiros, aceitando o embate. Ao final da luta, venceu o gigante e como castigo fê-lo prometer que jamais importunaria novamente os estrangeiros que ali chegassem.
Trácia e Ciâneas
A expedição seguiu seu rumo e aportou na Trácia, onde reinava Fineu, o adivinho, que por suas crueldades tinha obtido a cegueira como castigo dos deuses. Vivia atormentado pelas Harpias, monstros alados que perseguiam-no e roubavam todo seu alimento e por isso ofereceu ajuda aos argonautas caso estes concordassem em livrá-lo de tão grande desgraça. Calais e Zetes, filhos alados do vento Norte, Bóreas, foram os responsáveis por tal façanha. Atraíram as Harpias com o odor delicioso de laudo banquete e depois, com suas espadas fatais cortando os ares, expulsaram dali definitivamente as perversas criaturas. Conforme o combinado, Fineu revelou aos argonautas a maneira de evitar o perigo das Rochas Flutuantes. As Ciâneas ou Rochedos Azuis, também chamadas de Sindrômades ou Simplégades, eram dois recifes que se fechavam violentamente, esmagando qualquer coisa que entre eles se interpusesse. Disse-lhes que antes de por ali se aventurar, enviassem uma pomba. Se esta lograsse atravessar os rochedos, este seria o sinal de sucesso também para os marinheiros. O pássaro conseguiu atravessar as Simplégades, muito embora, ao se fecharem, as Ciâneas cortaram as pontas de suas penas maiores. Igual sorte teve Argo, que conseguiu ultrapassar o obstáculo com apenas uma leve avaria na popa. Ao passarem pelas terras dos mariandinos, os argonautas sofreram ainda duas perdas: Tifis, o piloto e Ídmon, o adivinho, morto por um javali durante uma caçada.
Chegada à Cólquida

Chegaram enfim à Cólquida, reino de Eetes, onde cabia a Jasão a tarefa mais árdua: capturar o Velocino de Ouro. Medéia, filha do rei e conhecida por suas habilidades na arte da feitiçaria, apaixonou-se perdidamente pelo chefe da expedição e por isso, não mediu esforços para auxiliá-lo nas árduas tarefas que o rei impôs como condição para entregar-lhe o talismã.

Jasão tirou proveito dos feitiços e encantamentos da feiticeira e sem esforço partiu da Cólquida levando consigo o Velo de Ouro. Os argonautas ainda passaram por alguns percalços mas enfim chegaram a seu destino final onde entregaram a Pélias o Velocino. Jasão partiu para Corinto, onde consagrou a embarcação ao deus Posídon.

Odisseia

Odisseia (em grego: Οδύσσεια, transl. Odýsseia) é uma dos dois principais poemas épicos da Grécia Antiga, atribuídos a Homero.
O poema é um poema de regresso. Tem como protagonista um herói da Guerra de Troia, Odisseu (ou Ulisses, como era conhecido na mitologia romana). Como se diz na proposição, é a história do “herói de mil estratagemas que tanto vagueou, depois de ter destruído a acrópole sagrada de Tróia, que viu cidades e conheceu costumes de tantos homens e que no mar padeceu mil tormentos, quanto lutava pela vida e pelo regresso dos seus companheiros”. Odisseu leva dez anos para chegar à sua terra natal, Ítaca, depois da Guerra de Troia, que também havia durado dez anos.


Odisseu
O traço heroico de Odisseu está em sua mētis, ou "inteligência astuta"; ele frequentemente é descrito como "Par de Zeus em Conselhos". Esta sua inteligência se manifesta no uso de disfarces e em falas e discursos enganosos. Seus disfarces podem tanto ser físicos (alterando sua aparência) como verbais, como fez ao contar para o ciclope Polifemo que seu nome era Ουτις (Oútis), "Ninguém", e fugir após cegá-lo; quando os outros ciclopes perguntaram a Polifemo o motivo de seus gritos, ele responde que "Ninguém" lhe está machucando, e os outros assumem que "Se sozinho como você está [Polifemo] ninguém usa violência sobre si, ora, não há como escapar do mal enviado pelo grande Zeus; então melhor rezar a seu pai, o senhor Posídon". A falha mais evidente que Odisseu ostenta é a sua arrogância e seu orgulho, ou hubris. À medida que ele navega para longe da ilha dos ciclopes, Odisseu grita seu próprio nome, e se orgulha de que ninguém pode derrotar o "Grande Odisseu". Os ciclopes jogam então a metade superior de uma montanha sobre ele, e rezam para seu pai, o deus do mar, Posídon, dizendo que ele cegou um de seus filhos; isto enfurece o deus, o que o faz impedir o retorno de Odisseu a seu lar por muitos anos.


Documentário por History channel: Confronto dos deuses - Ulisses/Odisseu (A maldição dos Mares) parte 1/3

Continuação - Documentário por History channel: Confronto dos deuses - Ulisses/Odisseu (A Vingança do Guerreiro) parte 1/3

Guerra de Tróia


A versão mitológica da guerra está contida nos poemas épicos de Homero: a Ilíada e a Odisséia. Segundo essa versão, a guerra se deu quando os aqueus (os gregos da época micênica) atacaram Troia, para recuperar Helena, raptada por Páris.

Baixe o filme: Guerra de Tróia
Mitologia
A lenda conta que a deusa (ninfa) do mar Tétis era desejada como esposa por Zeus e por Poseídon. Porém Prometeu fez uma profecia que o filho da deusa seria maior que seu pai, então os deuses resolveram dá-la como esposa a Peleu, um mortal já idoso, tencionando enfraquecer o filho, que seria apenas um humano. O filho de ambos foi Aquiles, e sua mãe, visando fortalecer sua natureza mortal, o mergulhou quando ainda bebê nas águas do mitológico rio Estige. As águas tornaram o herói invulnerável, exceto no calcanhar, por onde a mãe o segurou para mergulhá-lo no rio (daí a expressão "calcanhar de Aquiles", significando ponto vulnerável). Aquiles se torna o mais poderoso dos guerreiros, porém, ainda é mortal. Mais tarde, sua mãe profetisa que ele poderá escolher entre dois destinos: lutar em Troia e alcançar a glória eterna, mas morrer jovem, ou permanecer em sua terra natal e ter uma longa vida, porém ser logo esquecido. Aquiles escolhe a glória.
Para o casamento de Peleu e Tétis todos os deuses foram convidados, menos Éris (ou Discórdia). Ofendida, a deusa compareceu invisível e deixou à mesa uma maçã de ouro (também conhecida como Maçã da Discórdia) com a inscrição "À mais bela". As deusas Hera, Atena e Afrodite disputaram a maçã. Zeus não quis ser o juiz, para não descontentar duas das deusas, então ordenou que o príncipe troiano Páris, à época sendo criado como um pastor ali perto, resolvesse a disputa. Para ganhar o título de "mais bela", Atena ofereceu a Páris poder na batalha e sabedoria, Hera ofereceu riqueza e poder e Afrodite, o amor da mulher mais bela do mundo. Páris deu a maçã à Afrodite, ganhando sua proteção e o ódio das outras duas deusas contra si e contra Troia.
A mulher mais bela do mundo era Helena, filha de Zeus e de Leda, esposa de Menelau, rei de Esparta, que a conquistara disputando contra vários outros reis pretendentes com a ajuda de Ulisses (Odisseu) rei de Ítaca e Agamênon rei supremo de Micenas e de toda a Grécia, tendo todos jurado lealdade ao marido de Helena e sempre protegê-la, qualquer que fosse o vencedor da disputa.
Quando Páris foi a Esparta em missão diplomática, apaixonou-se por Helena e ambos fugiram para Troia, enfurecendo Menelau. Este foi pedir ajuda a seu irmão que a conselho de Nestor(rei de Pilos), um de seus conselheiros, apelou aos antigos pretendentes de Helena, lembrando o juramento que haviam feito. Agamenon então assumiu o comando de um exército de mil navios e atravessou o mar Egeu para atacar Tróia sub o auxílio de Ulísses (que fingiu-se de louco para não ir a guerra sabendo que se partisse passaria 20 anos sem regressar a seu reino), levando consigo grandes Guerreiros como Aquiles, Ajax, o pequeno Ajax, Diomedes, Idomeneu entre outros. As naus gregas desembarcaram na praia próxima a Tróia e iniciaram um cerco que iria durar dez anos e custaria a vida a muitos heróis de ambos os lados. Dois dos mais notáveis heróis a perderem a vida na guerra de Tróia foram Heitor (que foi morto por Aquiles por vingança por ter matado seu amante Pátroclo) e Aquiles (morto por Páris, que lançou uma flecha envenenada em seu calcanhar).
Muitas batalhas aconteceram, uma delas foi entre Páris e Menelau, onde Menelau humilhou e quase matou Páris, mas foi impedido e morto pelo irmão do príncipe, Heitor.
Finalmente, a cidade foi tomada graças ao artifício concebido por Odisseu (Ulisses): fingindo terem desistido da guerra, os gregos embarcaram em seus navios, deixando na praia um enorme cavalo de madeira, que os troianos decidiram levar para o interior de sua cidade, como símbolo de sua vitória, apesar das advertências de Páris. À noite, quando todos dormiam, os soldados gregos, que se escondiam dentro da estrutura oca de madeira do cavalo, saíram e abriram os portões para que todo o exército (cujos navios haviam retornado, secretamente, à praia), invadisse a cidade.
Apanhados de surpresa, os troianos foram vencidos e a cidade incendiada. As mulheres (inclusive a rainha Hécuba, a princesa Cassandra e Andrômaca, viúva de Heitor) foram escravizadas. O rei Príamo e a maioria dos homens foram mortos.

Baixe o filme: Guerra de Tróia

Centauros vs Lápitas/Centauromaquia


(Centauro raptando uma mulher lápita )
Na mitologia grega, a Centauromaquia Tessaliana foi um confronto mítico entre os Lápitas, antigo povo da Tessália, e os Centauros, criaturas meio homens, meio cavalos.
Os centauros eram irmãos de Pirítoo, rei da Tessália, já que ambos eram filhos de Ixião. Eles foram convidados para suas bodas do rei Pirítoo com Hipodâmia, filha de Adrasto. Não habituados a beber vinho, logo se embriagaram. Tomados pela luxúria e a violência, tentaram raptar e violar a noiva, provocando a reação dos Tessálios e desencadeando um grande massacre. Com a ajuda de Teseu, os centauros foram finalmente derrotados e expulsos da Tessália, indo se refugiar no Épiro.
Cenas da Centauromaquia estão representadas nos famosos mármores de Elgin, retirados do Partenon e levados para o Museu Britânico:

Os Doze Trabalhos de Hércules

Zeus, o rei dos deuses olímpicos, que havia engravidado sua amante, Alcmene, proclamou que o próximo filho a nascer da casa de Perseu seria coroado rei de Micenas. Hera, sua esposa, ao descobrir o fato, fez com que Euristeu nascesse prematuro de sete meses, antes do filho de Alcmene, Hércules. Zeus enfureceu-se ao saber do que ela havia feito, porém nada pode fazer; sua proclamação continuou em vigor.
Mais tarde, já adulto, Hércules assassinou sua esposa, Mégara, filha de Creonte, e seus três filhos, num acesso de loucura provocado por Hera. Quando se deu conta do que havia feito, o herói se isolou, fugindo para o campo e vivendo sozinho. Foi encontrado por seu primo Teseu, e foi convencido a visitar o oráculo em Delfos, para recuperar sua honra. O oráculo o contou que, como penitência, Hércules deveria executar uma série de dez tarefas, ou trabalhos, e servir doze anos a Euristeu, e ao final dos trabalhos ele se tornaria imortal. Euristeu era o homem que ele mais odiava, por haver herdado o seu direito de nascença. Foi a pitonisa quem primeiro chamou o heroi de Héracles, até então ele era conhecido pelo nome de Alcides.
Os Trabalhos
Em seus trabalhos, Hércules tinha frequentemente a companhia de um jovem companheiro (um eromenos) - de acordo com Licímnio e outros autores antigos - como por exemplo Iolau, seu sobrinho. Embora ele devesse inicialmente realizar apenas dez trabalhos, este auxílio fez com que ele tivesse de realizar dois a mais, já que Euristeu não contou o trabalho da Hidra, porque Iolau o havia ajudado, ou os estábulos de Aúgias, pelo qual recebeu pagamento pelo trabalho, e que foi realizado pelas águas de um rio.

A ordem tradicionalmente aceita, encontrada em Pseudo-Apolodoro é:
1. No Peloponeso, estrangulou o Leão de Neméia - filho dos monstros Ortro e Equidna - que devastava a região e que os habitantes do local não conseguiam matar. Na segunda tentativa de matá-lo, tendo a primeira sido infrutífera, estrangulou-o, após com ele lutar. Acabada a luta arrancou a pele do animal com as suas próprias mãos e passou a utilizá-la como peça do vestuário. A criatura converteu-se na constelação de leão.
2. Matou a Hidra de Lerna, filha monstruosa de duas criaturas grotescas, a Equidna Tifão. Era uma serpente com corpo de dragão, que possuía nove cabeças (uma delas parcialmente de ouro e imortal), que se regeneravam mal eram cortadas, e exalavam um vapor que matava quem estivesse por perto. Hércules matou-a cortando suas cabeças enquanto seu sobrinho Iolau impedia sua reprodução queimando suas feridas com tições em brasa. A deusa Hera enviou ajuda à serpente – um enorme caranguejo, mas Hércules pisou-o e o animal converteu-se na constelação de Câncer (do latim cancer, "caranguejo"). Por fim, o herói banhou suas flechas com o sangue da serpente para que ficassem envenenadas.
3. Alcançou correndo a Corça de Cerínia, um animal lendário, com chifres de ouro e pés de bronze. A corça, que corria com assombrosa rapidez e nunca se cansava, era Taígete, ninfa que, para fugir a perseguição de Zeus foi transformada por Ártemis no animal. Como ela tinha uma velocidade insuperável, Hércules a perseguiu incansavelmente durante um ano até que, exausta, foi atingida por uma flecha disparada pelo herói.
4. Capturou vivo o Javali de Erimanto, que devastava os arredores, ao fatigá-lo após persegui-lo durante horas. Euristeu, ao ver o animal no ombro do herói, teve tamanho medo que foi se esconder dentro de um caldeirão de bronze. As presas do animal foram mostradas no templode Apolo, em Cumas.
5. Limpou em um dia os currais do rei Aúgias, que continham três mil bois e que há trinta anos não eram limpos. Estavam tão fedorentos que exalavam um gás mortal. Para isso, Hércules desviou dois rios.
6. Matou no lago Estínfalo, com suas flechas envenenadas, monstros cujas asas, cabeça e bico eram de ferro, e que, pelo seu gigantesco tamanho, interceptavam no vôo os raios do Sol. Com seu arco, conseguiu matar alguns e os outros, expulsou a outros países.
7. A sétima tarefa de Hércules era levar o Touro de Creta vivo até Euristeu, que por sua vez entregaria-o a Hera. O touro era enraivecido e aterrorizava o povo da ilha grega de Creta, pois Poseidon, o deus dos mares, o havia oferecido a Minos, rei local, cini sacrifício, e o rei não teve coragem de sacrificar um animal tão bonito e tão forte. Hércules não só capturou-o como, montado no animal, levou-o até Euristeu.
8. Castigou Diómedes (rei da Trácia), filho de Ares, possuidor de cavalos que vomitavam fumo e fogo, e a que ele dava a comer os estrangeiros. O herói entregou-o à voracidade de seus próprios animais.
9. Venceu as amazonas, tirou-lhes a rainha Hipólita, apossando-se do cinturão mágico que ela vestia.
10. Matou o gigante Gerion, monstro de três corpos, seis braços e seis asas, e tomou-lhe os bois que se achavam guardados por um cão de duas cabeças, e um dragão de sete.
11. O décimo primeiro trabalho consistiu em trazer do mundo dos mortos o seu guardião, o cão Cérbero. Hades autorizou-o a levar Cérbero para o cimo da Terra sob a condição de conseguir dominá-lo sem usar as suas armas. Hércules lutou com ele só com a força dos seus braços, quase o sufocou, dominando-o. Depois levou-o a Euristeu, que, com medo, ordenou-lhe que o devolvesse.
12. Colheu os pomos de ouro do Jardim das Hespérides, após matar o dragão de cem cabeças que os guardava. O dragão foi morto por Atlas, a seu pedido, e durante o trabalho, ele sustentou o céu nos ombros no lugar do gigante.